Lúpulo num copo de vidro

Descobre o segredo da cerveja artesanal: 10 razões para amar lúpulo

Uma bebida milenar, um sabor inconfundível e um aroma que nunca muda. É um facto e, neste caso, não estamos a falar dos vários estilos de cerveja que se podem experimentar atualmente, mas sim do verdadeiro sabor da cerveja tradicional. A cerveja deve grande parte do seu sabor ao lúpulo, ingrediente que acompanha a composição da bebida desde sempre – até mesmo nas receitas mais complexas. Por isso, não há nada melhor do que conhecer as 10 informações mais importantes sobre o lúpulo. Vê também 10 Mitos Sobre Cerveja.

1. Foi o lúpulo que deu nome à Drop Hop

Haverá melhor forma de contextualizar o nosso serviço de subscrição do que explicar a origem do seu nome? A Drop Hop deve a sua designação ao lúpulo que, em inglês, se diz "hop". Uma cerveja sem lúpulo não pode, em situação alguma, ser considerada cerveja. Todos os seus estilos o incluem. Sem a sua presença na composição da bebida, a cerveja não só perde o seu aroma e sabor característicos, mas também a sua capacidade de preservação – que advém deste ingrediente imprescindível. Tão essencial quanto na composição dessa bebida milenar, o é no nosso serviço, mais propriamente na sua designação. Um clube de subscrição de cervejas artesanais não é nada sem uma boa dose de lúpulo à mistura.

2. O lúpulo tem propriedades antibióticas e de conservação

Nunca ouviste que, por vezes, a cerveja pode mesmo ser o melhor remédio? Ora, não leves a afirmação (tão) à letra, nem a apliques em todas as situações, mas a verdade é que há um sentido por detrás dessa frase, já que o lúpulo tem propriedades antibióticas. A sua composição é altamente complexa e impede que possíveis bactérias nasçam e se espalhem na bebida. É também graças às suas propriedades de conservação que o lúpulo garante que, mesmo que passem alguns dias ou semanas do prazo de validade de uma cerveja, esta possa ser bebida sem implicações para a saúde de uma pessoa. As propriedades desta planta, que tem origem na espécie Humulus lupulus – da família Cannabaceae (nativa de Europa, Ásia Ocidental e América do Norte) -, tem uma composição altamente complexa, que evita possíveis contaminações da bebida.

3. O lúpulo também é usado na alimentação

Desde o seu aparecimento que, quem fala de cerveja, fala obrigatoriamente da importância que o lúpulo tem na mesma. Mas a verdade é que, tal como referido anteriormente, falamos de uma planta que, por esse motivo, pode também fazer parte de qualquer tipo de dieta alimentar. Por ser uma planta, é frequente utilizar lúpulo em saladas, maioritariamente. Este alimento é mais usado em misturas cruas, que não exijam grandes esforços de cozedura, por exemplo, principalmente sob a forma de “espargo de lúpulo”, dadas as semelhanças que apresenta com esse vegetal.

4. Só parte da flor é utilizada na cerveja

Pois bem, aqui está uma das informações sobre o lúpulo que provavelmente desconhecias. A planta não é inteiramente utilizada no fabrico de cerveja, isto porque nem todas as suas “partes” lhe conferem o sabor desejado. Só a flor do lúpulo é que integra a composição da bebida e demora cerca de três anos a atingir o ponto ideal. Só nessa altura é que a referida parte da planta reúne as propriedades necessárias para conferir o sabor amargo à cerveja. O seu cultivo e manutenção exigem cuidados e só mesmo os trabalhadores mais experientes sabem quando é que é a altura ideal de colher a flor do lúpulo para produzir uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo.

5. A origem do lúpulo é alemã

Agora não ficaste surpreendido, pois não? Da grande parte dos festivais de cerveja que acontecem em todo o mundo, a maioria é alemã. Aliás, quando falamos desse tipo de celebrações, o primeiro festival que nos vem à memória é o Oktoberfest que, todos os anos, em Munique, celebra a bebida milenar. Mas há um sentido por detrás da fama alemã, isto porque os primeiros relatos de cultivo de lúpulo remontam ao século VII, em território alemão. Ainda hoje, este país é o maior produtor da planta a nível mundial, pelo que a sua fama e associação à produção (de excelência) de cerveja não é desprovida de sentido.

6. O lúpulo também é produzido em Portugal

Esta é outra das informações sobre lúpulo que queremos que retenhas, isto porque, caso não saibas, é extremamente raro reunir as condições ideais à plantação e consequente cultivo de lúpulo. A planta exige especificidades muito próprias e já foram vários os países que tentaram produzi-la, mas sem sucesso. No entanto, em Portugal continental, o lúpulo é uma espécie autóctone. Apesar disso,  cultiva-se em escala comercial em apenas duas explorações agrícolas na região de Bragança. Os produtores têm instalada a variedade ‘Nugget’, estando a produção contratualizada com uma das grandes cervejeiras nacionais. Vários projetos de pequena dimensão têm vindo surgir focados na produção de variedades aromáticas com a produção orientada para a cervejaria artesanal.

 

Mas, claro está, essas condições não se encontram por todo o país, muito pelo contrário. Foi na Serra da Mantiqueira, cadeia montanhosa que se espalha por três estados brasileiros (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro), que em 2014 aconteceu a primeira plantação de lúpulo. Até hoje, a produção tem sido favorável, obtendo um sucesso que nunca se julgou possível. A verdade é que o lúpulo precisa de um tipo de clima muito específico, algo que encontrou em terras brasileiras.

7. O lúpulo não cresce na terra, nem em árvores

O lúpulo é uma planta trepadeira, que é cultivada verticalmente. Como tal, precisa de uma estaca que, fixa na terra, permita o seu crescimento durante um largo período de tempo – como já referimos, a componente da planta utilizada para produzir cerveja só atinge as condições necessárias após três anos de crescimento, período no qual atinge a maturidade enquanto planta.

8. A planta tem a mesma origem que a cannabis

O lúpulo pertence à mesma família que a cannabis, a Cannabaceae. No entanto, as suas propriedades diferem completamente da mesma, a começar pelo facto de não ter a componente alucinogénica que esta última contém. Isto é algo que se mantém em toda a planta, independentemente das partes que a constituem.

9. O lúpulo tem propriedades relaxantes

O lúpulo é um relaxante natural. Não sabias? Ainda bem, porque te vamos explicar mais sobre a forma como este pode (e deve) ser utilizado. O facto de ser uma planta com propriedades naturais faz com que, a mesma, as adquira de forma natural, isto é, sem qualquer tipo de intervenção humana. Assim sendo, o lúpulo pode ser colocado debaixo da almofada para te dar uma noite mais tranquila e com menos oscilações de sono. De igual forma, também é possível fazer chá a partir desta planta que, naturalmente, te pode relaxar quando mais precisas. Uma chávena deverá chegar para sentires os efeitos e diminuíres o stress diário.

10. O lúpulo é fatal para cães e gatos

Se tens animais de estimação, esta é a informação sobre lúpulo mais útil que te podemos dar. Apesar de ter ótimas propriedades para o ser humano, a planta pode ser fatal para os animais, como é o caso dos cães e dos gatos. Tendo em conta que a produção de lúpulo se dá em locais muito específicos e, na maior parte das vezes, longe de zonas habitacionais, as situações em que um cão ou gato possa contactar com a planta são muito raras – mas o mesmo não acontece naqueles casos em que, por exemplo, as cervejas são cultivadas, de forma artesanal, em casa. Nesses casos, o contacto pode ter implicações graves e a ingestão de lúpulo pode ser fatal, dados os seus efeitos tóxicos. Nas situações que não conduzam à morte do animal, esse consumo pode provocar ataques epiléticos e problemas de coração. O lúpulo tem, de facto, uma série de boas propriedades que devem ser referidas regularmente. À exceção da última situação relatada, a planta tem mais benefícios do que implicações, tornando-a uma mais-valia em termos de consumo.

Para além de ser mais um (bom) componente para uma dieta alimentar, o lúpulo é indispensável no fabrico de cerveja. A sua ausência tem implicações a todos os níveis da bebida, seja ela de que estilo for. O aroma, sabor e capacidade de conservação dependem, exclusivamente, da presença de lúpulo que, só depois de atingir a maturidade, pode ser utilizado como ingrediente. Por ser tão imprescindível, chega a ser assustador enumerar as zonas onde a planta é produzida.

Porquê? Porque não são tantas quanto isso e, se por alguma razão “falham”, implicam a produção de cerveja à escala mundial. De facto, o lúpulo exige condições muito específicas para se produzir de forma sustentável, mas a boa notícia é que continua de vento em popa. O lúpulo é uma planta que se dá bem com temperaturas baixas no inverno e clima quente no verão, principal razão pela qual os solos transmontanos são ideais para o seu cultivo e produção. Daqui em diante, resta esperar que as zonas nas quais a planta já é produzida, se mantenham intactas e preservem as suas boas condições, de forma a que a produção de lúpulo se mantenha daqui para a frente.

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